quinta-feira, 1 de agosto de 2013

61. TRABALHADORES E FREQUENTADORES DA CASA ESPÍRITA

     P. Por que nos tornamos trabalhadores espíritas?

     R. Com esta pergunta, utilizada como título da XIV Conferência Estadual Espírita do Paraná, realizada na cidade de Cornélio Procópio, em março de 2012, a cargo da emérita palestrante e conferencista Sandra Borba Pereira, chegou-me às mãos um trabalho escrito, usado como pauta para o estudo do nosso "ESDE III", nesta última segunda-feira, dia 29 de julho de 2013.
     Transcrevo aqui parte da primeira das quatro páginas que compõem esse trabalho, com pequenas adaptações em seu texto original, para dar ao leitor apenas uma ligeira ideia do que foi debatido neste nosso encontro:
     >>> O Espirito Albino Teixeira, pela psicografia de Chico Xavier, em sua obra 'Educandário de Luz', diz-nos que "na Casa Espírita identificam-se dois grupos de pessoas; as que são assistidas pela casa, aquelas que vão tomar o passe, assistir as palestras, procurar atendimento, e o outro grupo que chamamos de o grupo de trabalhadores".  Porque só pode existir o grupo de frequentadores, brinca a palestrante, se existir o grupo de trabalhadores. Depois de breve pausa e sorrisos da platéia, prossegue, em tom mais sério: É este grupo que estará organizando a sistemática de ação que a Casa Espírita desenvolve, as palestras públicas, o passe, o atendimento fraterno, os trabalhos mediúnicos, os grupos de estudo da doutrina, a evangelização infantil e juvenil, os trabalhos de ação social, as caravanas de atendimento especial nos lares, entre outras, que fazem parte do roteiro de atividades de um Centro Espírita, devidamente dirigido por pessoas de boa vontade e dotadas de propósitos elevados, afinadas com os ideais e objetivos pressupostos pela Doutrina dos Espíritos, e que compõem, por assim dizer, o chamado Movimento Espírita.
     Albino Teixeira completa sua orientação, alertando: "O grupo de trabalhadores é semelhante ao grupo familiar; nele encontramos afetos e também desafetos; isso para refletirmos na necessidade de desenvolver sempre a compreensão de que somos espíritas e trabalhadores desta seara não pelas pessoas (não para os homens) e sim pela nossa adesão consciente ao programa que a Doutrina Espírita nos oferece". O Movimento Espírita é o braço operacional da Doutrina Espírita, que é a carta magna que nos vai conduzir. Nós, enquanto seres humanos, precisamos nos organizar, unir, articular, para levarmos adiante nossos objetivos e ideais, sendo este mesmo o motivo pelo qual surge a Casa Espírita, como meio e não como fim.
     Por que, então, nos tornamos trabalhadores espíritas? A resposta é simples: não basta o fato de conhecermos alguma coisa, para que nos sintamos bem. Começamos a ter ideias, conceitos, percepções, sensações, e chega uma hora em que precisamos colocar isso na prática; e é praticando que adquirimos um conhecimento pleno, amplo, global, instigando em nós a necessidade de socializar esse conhecimento adquirido com as ações efetivas. Buscamos o fundamento para essas afirmativas no Evangelho de Jesus, quando este nos diz: "Não se põe a candeia debaixo do alqueire, mas no velador, para que todos possam ser beneficiados pela luz" (Mateus 5:15).
     Sentimos, assim, a necessidade de compartilhar o que aprendemos, a experimentar e vivenciar esse aprendizado, porquanto o discurso inteligente sem a exemplificação sábia, consignada na prática, quase nenhum valor terá. Ao compreendermos isto, transformarmo-nos em pessoas que não apenas recebemos informações, notícias, e que não queremos mais somente guardar ideias no campo da cognição, mas que sentimos o desejo e a necessidade de vivenciar, socializar, praticar os princípios adquiridos nas etapas teóricas. Tornamo-nos, enfim, trabalhadores espíritas, porque não mais nos contentamos em permanecer no grupo dos simples frequentadores da Casa Espírita, porque queremos agir, dar testemunho vivo da mudança que a Doutrina Espírita operou na nossa intimidade, na nossa mente, ou seja, na sede espiritual e eterna do nosso ser em evolução. <<<   ///

Um comentário:

  1. Olá amigo, belíssimo trabalho. Você conseguiu transcrever o restante do seminário?

    ResponderExcluir