domingo, 10 de fevereiro de 2013

16. DESFAZENDO ALGUNS EQUÍVOCOS

       P. Diante de algumas recomendações feitas por alguns dirigentes de trabalho em algumas casas espíritas, ressaltam entre outras as seguintes indagações:
a) É necessário fechar os olhos na hora da prece?
b) É importante descruzar braços e pernas, ao receber o passe, em participando de uma sessão mediúnica, ou em qualquer outro tipo de reunião espírita?
c)Para recebermos os benefícios do passe, devemos colocar as mãos espalmadas para cima sobre os joelhos?
d) Ir ao centro espírita de roupa branca facilita a captação das energias positivas que vamos buscar e, ao contrário, vestindo roupa preta estamos dificultando a recepção dessas energias e até podemos atrair obsessores?

       R. Geralmente respondo com minhas próprias palavras, embora dentro dos princípios que realmente aprendi ao longo de minha caminhada pela Doutrina Espírita, que vem me esclarecendo deste que ainda era um menino, nunca deixando de considerar-me um aprendiz, como até hoje sou.
No entanto, diferentemente dos demais textos que até agora publiquei, as respostas a estes questionamentos foram extraídas, quase integralmente, da revista VISÃO ESPÍRITA - ANO 1, nº 7, outubro/1998 - coluna "Equívocos Espíritas" - SEDA Editora.

       Pela ordem:
a) Ninguém é obrigado a fechar os olhos para orar. Há dirigentes de determinadas Casas que costumam andar entre o público, patrulhando, para ver se na hora da prece tem alguém de olhos abertos. Quando encontram, chamam a atenção e praticamente determinam o fechamento imediato. Se questionados, alegam que a prece de olhos abertos não faz efeito.
Equívoco. A orientação de fechar os olhos é uma sugestão apenas, para evitar que as pessoas desviem o olhar para alguma coisa, ou outra pessoa, o que poderá dispersar o pensamento e, consequentemente, a sintonia necessária. Caso você consiga sintonizar-se com o Alto mesmo com os olhos abertos, não há nada contra.
Nota minha: Aliás, quando você vê na rua alguém em apuros e não pode ajudar com sua ação física, experimente orar por essa pessoa. Mesmo andando. Nesse caso, por favor, não vá fechar os olhos para não tropeçar e cair. Ore de olhos abertos e ajude-a dessa forma, se não há outro jeito.

b) Em algumas casas, os dirigentes determinam que as pessoas descruzem os braços, ou as pernas, quando da participação em reuniões espíritas. Alegam que com braços e pernas cruzados não haverá condições de receber qualquer ajuda espiritual, ficando-se sujeito até a receber influências negativas. A orientação e as vibrações (energias salutares e harmonizadoras, tais como as do passe) não chegam a ninguém pelos braços ou pelas pernas. Nenhum Espírito bom vai dar qualquer importância ao fato de a pessoa estar ou não com braços ou pernas cruzados.

c) Alguns dirigentes orientam para que as pessoas se coloquem na cadeira com as mão voltadas para cima, a fim de receberem o passe, caso contrário não receberão os benefícios. Outro equívoco. Os fluidos energéticos transmitidos através do passe não "penetram" nas pessoas através das palmas das mãos do receptor. São eles transmitidos pela imposição das mãos do aplicador, assim como Jesus fez sobre os doentes (exemplo seguido imediatamente pelos seus discípulos-apóstolos, e que o são também pelos passistas). Em vez de se preocuparem com a posição das mãos, as pessoas que recebem o passe devem cuidar de elevarem o pensamento para o bem.

d) O que atrai obsessores são as mentes poluídas, os maus pensamentos, o mau humor, o pessimismo e a maldade que ainda existe no coração de muita gente.
Assim como a roupa branca não proporciona qualquer benefício a quem quer que seja (a não ser o conforto de vestir-se assim, se for do seu gosto pessoal), a roupa preta também não faz nenhum mal a ninguém. Você pode ir ao Centro Espírita de preto, de roxo, de marrom, da cor que quiser, sem problema algum.
Nota: Não é o que você apresenta por fora, o invólucro de tecido que esteja usando, mas o que carrega por dentro, seus sentimentos, suas intenções, que têm ou deixam de ter algum valor, ante os Espíritos perscrutadores, bons e maus.

       Espero que estes equívocos, se praticados no Centro que você frequenta, sejam desfeitos. Se possível, questione, interfira. Se nada puder fazer para mudar hábitos antigos e arraigados dos dirigentes da Casa, pelo menos sinta-se esclarecido e liberto, ou seja, não se escravize mais a orientações que não estão em nenhuma das obras básicas e principais subsidiárias da Doutrina, que não prega nem recomenda nada dessas coisas, que bem caberiam às religiões dogmáticas e ritualísticas, que não é o caso do Espiritismo. ///

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