segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

05. DAS RECEITAS FINANCEIRAS

       P. Como fazem os Centros Espíritas para arrecadarem o dinheiro necessário ao cumprimento dos seus deveres financeiros, como pagamentos de contas de água, luz, aluguel (quando não possui sede própria), compra de materiais e acessórios, manutenção e ampliação da sede, etc.?

     R. Como é sabido, no Espiritismo não há cobrança de dízimo nem coleta de ofertas, a pretexto de qualquer modalidade de reunião realizada nas dependências das Sociedades Espíritas ou Instituições afins.
É igualmente de conhecimento público que os médiuns, dirigentes e trabalhadores em geral das Casas Espíritas nenhum tipo de remuneração percebem pelas atividades que exercem nesses recintos, dado que o ambiente é absolutamente devotado à prática da caridade e da fraternidade universais. Cada um desses membros atuantes tem seus próprios meios de sustento no trabalho profissional a que se dedica, fora do âmbito espírita, ofertando de boa vontade uma parcela do seu tempo aos compromissos assumidos voluntariamente com a Entidade, a que se filiou também por afinidade.
   Dito isto, resta saber que às diretorias das Sociedades Espíritas e das entidades unificadoras do Movimento Espírita (Federações, Uniões regionais, Ligas, etc.) cabe a difícil tarefa de promover a sustentabilidade econômica de suas sedes, a fim de fazerem frente às despesas funcionais correspondentes.
    Uma das formas mais comuns de arrecadação dessas provisões é a composição de um quadro de associados, que se comprometem a contribuir mensalmente, mediante emissão de um carnê, ou confecção de uma ficha cadastral que permanece arquivada na tesouraria. O valor da contribuição é estipulado pelo próprio associado, de acordo com a sua consciência, o seu desejo de ajudar a Casa que bem o acolhe, e a sua disponibilidade financeira particular, jamais vindo esta a ser questionada.
     Não há a menor coação ou indução, nem se fazem campanhas públicas, sequer nas reuniões de estudos preparatórios para os candidatos a futuros trabalhadores da Casa.
     Em a maioria dos Centros, é mantida uma biblioteca, da qual os associados podem emprestar livros, CDs e DVDs, comprometendo-se a devolvê-los em prazo previamente fixado. Há também, em algumas Casas, uma livraria com venda desses produtos (novos), a título de captação de renda a ser revertida exclusivamente para as despesas previstas.
    De tempos em tempos, pode-se ainda promover almoços ou jantares, com venda de ingressos ou convites, sendo organizado, nessas ocasiões ou à parte delas, um bazar, geralmente a partir de objetos, tais como artesanatos, roupas e utilidades em geral, doados pela própria comunidade.
    Estes são os meios mais utilizados no Movimento Espírita para a angariação de fundos para a sua funcionalidade.
    Que fique ainda muito claro que no Espiritismo nada se impõe a quem quer que seja, frequentador ou trabalhador da seara, mesmo quando diga respeito aos aspectos puramente materiais, tal como ocorre nos aspectos   doutrinários, em que todos são convidados a refletir com a razão, a lógica e o bom senso.

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