sábado, 12 de abril de 2014

92. "PÉROLAS" DOS DETRATORES DO ESPIRITISMO ( 2 )

                Sub-título:  SOBRE O FUTURO DE QUEM ESTIVER CERTO E DE QUEM ESTIVER ENGANADO

     E se os evangélicos estiverem enganados e os espíritas corretos?
     SE OS EVANGÉLICOS ESTIVEREM CERTOS, os espíritas estarão encrencados. Segundo a Bíblia Sagrada, existe uma condenação para aqueles que recusarem ao Senhor Jesus como Salvador e Senhor. 
     (Vide citação do autor: Apocalipse 20: 11-15).
     Porém, SE OS ESPÍRITAS ESTIVEREM CERTOS, ainda assim os evangélicos não estarão encrencados; afinal, de acordo com a doutrina segundo o espiritismo, na pior das hipóteses, após a morte, os evangélicos voltariam à vida por meio da doutrina da reencarnação e continuariam o ciclo da vida em busca da perfeição.
     Ao que parece, para quem não deseja CORRER RISCOS, a melhor opção seria acreditar na BÍBLIA; afinal, se ela estiver certa, segundo as Sagradas Escrituras só Jesus pode salvar a vida de uma pessoa da condenação eterna. Ele mesmo disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14: 16). Sempre lembrando que SEM SALVADOR NÃO HÁ SALVAÇÃO.
     E você, vai correr o risco de estar enganado e ser condenado?  (BISPO ANDRÉ SANTOS - www.bispoandresantos.com - 04/fevereiro/2011).

     De fato, se os evangélicos (de qualquer um dos milhares de segmentos e denominações diferentes em que está fracionado o Cristianismo) estiverem enganados e os espíritas estiverem certos, nada de mais grave lhes acontecerá ao deixarem o corpo físico, com relação à salvação tão esperada, ou à condenação tão temida.
     Segundo os Espíritos romancistas e os testemunhos dados pelos próprios Espíritos desencarnados, depois de algum tempo, mais ou menos longo, via mediúnica, alguns deles se deram conta do seu engano quanto ao céu que esperavam encontrar, quase que imediatamente; outros, porém, levaram muito tempo, entre a incerteza e estupefação, até que percebessem a nova situação em que se encontravam, em total desacordo com o que imaginavam encontrar para além da morte do corpo denso. Mas, depois de entenderem o que realmente se passara e em que situação realmente se achavam no plano invisível aos olhos humanos, retomaram as suas marchas evolutivas, aprendendo e desenvolvendo os novos conhecimentos, para mais tarde voltarem ao cadinho terreno em busca de novas experiências regeneradoras.
     Assim sendo, os nossos irmãos que acreditam na unicidade da vida e no juízo fatal após a morte, caso estejam enganados, não têm mesmo com que se preocupar, pois acabarão descobrindo "a vida depois da vida" e a ela se integrarão, sem maiores problemas. A menos que tenham honrado a Deus somente com os lábios, enquanto mantinham os seus corações cheios de iniquidade, conforme alertou Jesus em certa ocasião, segundo a mesma Bíblia em que eles acreditam como sendo a Palavra de Deus inviolável e jamais inviolada.
     Eu, particularmente, já pensei muitas vezes e penso sempre sobre esta hipótese: e se nós, espíritas, estivermos enganados e os evangélicos (combatentes ferrenhos do Espiritismo) estiverem certos? Como, então, ficarão as nossas almas? Como nós, espíritos-espíritas, seremos tratados pela Divindade, uma vez desencarnados neste equívoco? Perderemos a nossa consciência e só seremos despertados no Dia do Juízo Final, como pregam alguns, para recebermos a sentença condenatória, sem chances de apelação, à pena eterna no lago de fogo que foi preparado para o diabo e seus anjos juntamente com todos os seus seguidores? Seremos lançados nesse lugar denominado Inferno imediatamente após a nossa morte, sem chances de sair dele jamais e sem o benefício de uma "morte" verdadeira? Iremos para um lugarzinho chamado Purgatório, dito existente pela Igreja Católica, a fim de nos regenerarmos pela dor, pelo fato de termos sido filhos desobedientes na verdadeira crença, para depois termos a chance de ascendermos ao Céu, dada a não gravidade da nossa culpa?
     Aí, penso e repenso, chegando às seguintes conclusões: nós, espíritas, não temos o menor receio disto, porque sabemos, e não apenas cremos, que o Criador do Universo e da vida (das nossas vidas, afinal) É TODO AMOR, e nós já lemos na Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios que "o amor é paciente, é benigno, não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se exaspera, não se ressente do mal, não se alegra com a injustiça, (...) e jamais se acaba" (cap. 13, v.4-8).
     Portanto, não podemos crer que Deus puna, ainda mais com uma penalidade eterna e em caráter irrevogável, àqueles que praticaram o bem pelo bem aqui na Terra. Mais ainda, que, mesmo equivocados quanto à forma de Céu que os espera, praticaram a caridade, o amor ao próximo, em nome de Jesus, a quem tiveram por modelo de perfeição e procuraram seguir durante a curta existência que lhes foi dada, esta sim, pela graça e pela misericórdia divinas.
     Por mais que me esforce, não consigo visualizar Deus, o nosso Criador, sob a ótica dos profetas das Antigas Escrituras Sagradas, cheio de inimigos nos céus e na terra, que exige de suas criaturas ser adorado com cultos exteriores de louvor e sacrifício, sob pena de condenação sumária; um rei que teme ser preterido; um Deus que detesta e abomina perder espaço para "outros deuses" em seus caprichos, vaidade e orgulho típicos dos humanos, e que criou uma certa criatura luminosa e quase tão perfeita quanto Ele mesmo, já sabendo que ela um dia quereria igualar-se a Ele e a única medida cabível seria expulsá-la da morada celeste e criar um lugar, entre o céu e a terra, a que chamaria de inferno, para enviá-la para lá, mas só depois que ela arregimentasse outras muitas criaturas espirituais menos luminescentes e lhe arrebatasse a maior parte dos seres carnais que ainda estavam nos Seus planos de criação.
     Nós, espíritas, pelos critérios da racionalidade, da lógica e do bom senso, utilizados em tudo o que nos é dado para crermos ou descrermos, não podemos sequer imaginar um "Deus" destituído de suprema Sabedoria, Bondade e Misericórdia infinitas, Justiça e Equanimidade sem mesclas, Poder absoluto e Amor verdadeiro, puro e eterno.
     Assim sendo, com tais atributos, indiscutíveis, se nos torna irremediável a certeza de que somos realmente seres evolutivos, em eterno aprendizado e constante aprimoramento intelecto-moral, profundamente amados pelo nosso Criador, que entende as nossas limitações e supre as nossas carências, até que consigamos superar as nossas imperfeições e compreendê-Lo com maior clareza, quando, aí, sim, nos encontraremos "salvos" da nossa própria e atávica ignorância.
     Eis, então, o porquê de não temermos a Deus: porque se O temêssemos não O conseguiríamos respeitar e amar, como recomenda o primeiro item do decálogo "psicografado" por Moisés e confirmado por Jesus. E eis porque, afinal, não tememos a vida que nos aguarda ao término desta vida, embora a vislumbremos ainda de forma muito incompleta e vaga: é porque nela identificamos a incondicionalidade e imparcialidade do Amor de Deus por todos nós, seus filhos amados. ///

     

     

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