domingo, 21 de julho de 2013

59. HOMOSSEXUALIDADE E SEXOLATRIA

     P. O Espiritismo condena ou apoia a homossexualidade e o tão amplamente debatido "casamento gay"?

     R. O Espiritismo, através de seus inúmeros escritores, daqui e do Além, tem saído sempre em defesa da dignidade e do respeito devidos àqueles cuja manifestação sexual se dê espontaneamente para com pessoas do seu mesmo sexo, a saber, os chamados homossexuais.
     Admitindo-se a experiência corpórea, terrena, como apenas mais um ciclo de aprendizado dinâmico da alma humana, que é um ser eterno, de caráter evolutivo e, portanto, perfectível, conforme o define o Espiritismo, evocando a lei da reencarnação em apoio à Lei de Causa e Efeito e demais leis naturais do Universo, novas luzes se fazem sobre a problemática que envolve milhões de homens e mulheres que se encontram exatamente nessa situação tão delicada, no mundo inteiro.
     É preciso que se entenda, primeiro, que a homossexualidade não se trata de uma simples opção, uma escolha, uma preferência pessoal. Trata-se, antes, de uma necessidade fisiorgânica e mental, que, na maioria das vezes, pega de surpresa o próprio indivíduo, ainda na fase da inocência infantil, ou na difícil transição da pré-adolescência.
     O Espiritismo, traduzindo o pensamento geral dos Espíritos Superiores, que acompanham e orientam a humanidade em seus esforços de progresso, não julga, muito menos condena a quem quer que seja, pelo que quer que faça de sua própria existência, uma vez que a cada um de nós foi concedido, pelo próprio Criador, o livre-arbítrio. Além disso, são eles mesmos que ensinam que a nossa evolução se dá por experiências diversificadas e pelo tempo que cada um necessite, de per si, para avançar um passo, ou galgar um degrau a mais, nesta caminhada, ou escalada infinita do aperfeiçoamento espiritual.
     A homossexualidade é, portanto, uma das muitas condições naturais a que os seres humanos ainda se acham submetidos, na escola da vida terrena, tidas como excepcionais, e que, pela ignorância dos homens acerca de leis absolutas e imutáveis, tem suscitado, em alguns meios sociais, o preconceito e a intolerância.
     Em relação ao casamento entre homossexuais, por ainda não ter lido nada oficial na literatura espírita, darei aqui apenas a minha opinião pessoal. Para mim, melhor seria que fosse denominado simplesmente como "união homo-afetiva", embora oficializada em cartório de registros cíveis, como um contrato social semelhante ao do casamento tradicional entre homem e mulher. Penso que a definição de casal cabe, de maneira mais adequada, a uma dupla composta de um macho e uma fêmea, tanto que é usada até para designar um par de irmãos de sexos diferentes, quando se diz, por exemplo: "um casal de filhos", ou "um casal de gêmeos".
     Na visão espírita, no entanto, uma união estável entre duas pessoas, sejam elas de sexos opostos ou iguais, desde que movida por sentimento profundo de afeto mútuo, é sempre mais positiva, justificável e louvável, até, do que qualquer prática sexual, mesmo em relacionamento hétero, quando a motivação se concentre meramente no âmbito da matéria, envolvendo as sensações da carne e/ou a busca, por meio dos prazeres libidinosos, de recursos financeiros, em que, às mais das vezes, a promiscuidade se faz presente, na mais completa ausência de critérios morais e de sentimentos elevados.
     A sexolatria, como qualquer outra forma de viciação a que se deixam arrastar muitos seres humanos, é, no mínimo, um lastimável desvio de conduta, que gerará para os seus praticantes consequências provavelmente nada agradáveis, dolorosas talvez, levando-se em conta a imortalidade do espírito e o seu retorno inevitável a este campo de provas e expiações, que é o mundo físico do nosso planeta.
     Para o leitor que queira aprofundar-se no estudo deste empolgante tema, recomendo os seguintes sites e blogs:
www.espirito.org.br  -  www.rcespiritismo.org.br  -  www.blogdolivroespirita.com  -
grupoallankardec.blogspot.com.br  -  blogacimadenos.blogspot.com.br  -
Ou, simplesmente, busque por "espiritismo e homossexualidade", que terá acesso a estes e outros mais. ///

2 comentários:

  1. Agora compreendi que devemos respeitar qualquer forma de amor verdadeiro com propósito no bem comum sem que seja infrigida as Leis de Deus.

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