quinta-feira, 18 de julho de 2013

58. OBSESSÕES COLETIVAS

     P. O que se pode entender por obsessão coletiva e como se dá a ação dos prováveis espíritos obsessores sobre o grupo de pessoas obsediadas?

     R. Em meio às recentes manifestações populares, em que milhares de pessoas saíram às ruas, em quase todas as capitais, grandes e médias cidades brasileiras, fazendo reivindicações justas e de modo pacífico, grupos paralelos, compostos por jovens exaltados, promoviam deploráveis atos de vandalismo, investindo furiosamente contra o patrimônio público e diversas propriedades privadas, que, por infelicidade, estavam no caminho da turba enlouquecida.
     Passados aqueles longos e tumultuados dias,, quando já nem se ouvia mais falar em tais acontecimentos, eis que ligo a televisão em um programa matinal, neste dia 18 de julho de 2013, e me deparo com cenas estarrecedoras, colhidas pela equipe de reportagem da emissora, na noite do dia anterior, na cidade do Rio de Janeiro, mais precisamente nos tradicionais bairros do Leblon e Ipanema. Um grupo enorme de jovens, com seus rostos encobertos, usando artefatos explosivos e pedras, além de placas de sinalização arrancadas da via pública, depois de enfrentar a polícia, que chegou a dispersá-los, promoveram uma destruição geral, investindo furiosamente contra estabelecimentos bancários e comerciais, destruindo também lixeiras, telefones públicos e abrigos de ônibus, entre outras coisas que encontraram pelo caminho. Vi, inclusive, com imenso pesar, uma loja de roupas completamente depredada e saqueada, nada restando de todo o patrimônio econômico do desventurado empresário, que dava emprego a cerca de duas dezenas de funcionários, conforme notícia complementar.
     Em dado momento, ainda na reportagem matinal, um cidadão que testemunhara a ação do grupo, ouvido pela reportagem, deu a seguinte informação: - "Eu perguntei a um rapaz por que eles estavam fazendo aquilo, e ele me respondeu que nem ele sabia o motivo; simplesmente eles estavam ali para quebrar tudo, destruir tudo, só isso".
     Lembrei-me, então, de um artigo que havia lido recentemente na Revista Cristã de Espiritismo, ano 13, número 115, assinado por Luiz Roberto Mattos, pesquisador e escritor espiritualista, sob o título "Novos Mecanismos da Obsessão", no qual fala de aparelhos astrais (tipo microchip) utilizados por organizações das trevas, com os quais exercem o domínio mental sobre pessoas e grupos, à distância, por controle remoto, tal qual nos filmes de ficção produzidos pelo cinema mundial.
     Pode parecer fantasia, diz o articulista, mas é algo muito sério e que deve ser considerado com muito respeito e cuidado. Tratava ele, ainda, do tema aqui abordado, "Obsessão Coletiva".
     Quando vemos, ante as lentes das câmeras de tevê, em reportagens deveras deprimentes, uma comunidade inteira à mercê dos efeitos degradantes de drogas pesadas, como o crack, de pessoas de todas as idades, à aparência de um bando de zumbis inconscientes, fica-nos ainda mais clara e lógica esta evidência. Ainda que esses efeitos sejam próprios das substâncias nocivas da própria droga, temos que cogitar das razões pelas quais tanta gente sucumbe à tentação de experimentá-la, mesmo conhecendo de antemão as consequências inevitáveis, uma vez que sobejam informações a respeito em todos os meios de comunicação.
     A mente humana, segundo a lei das afinidades, capta dos espíritos, bons ou maus, sugestões e ideias, que serão acatadas ou não, conforme as disposições morais de cada criatura, que geralmente as concebe como de sua própria autoria.
     Kardec, na questão 459 de O Livro dos Espíritos, pergunta aos mentores: "Os espíritos influem sobre os nossos pensamentos e ações?". E obteve a seguinte resposta: "A esse respeito, sua influência é maior do que pensais, porque, muito frequentemente, são eles que vos dirigem".
     Como geralmente constituímos grupos afins, compartilhando prazeres, aflições, dúvidas, esperanças e toda sorte de sentimentos e expectativas, também as influências espirituais podem ocorrer de modo simultâneo, múltiplo, ou seja, coletivamente, tanto para o bem como para o mal, conforme o grau de aceitação da maioria de seus integrantes.
     Ao meditarmos sobre o assunto, não olvidemos a recomendação evangélica: "Orai e Vigiai".
     Vigiar, sim, para não ceder às influências negativas; e orar, para atrair influências positivas. ///

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