quarta-feira, 29 de abril de 2015

06. PERFIL DOS ESPÍRITAS NA ATUALIDADE

       
       P. Quem são os novos adeptos do espiritismo; como e por que essas pessoas estão vindo para os Centros Espíritas? 

      R. De uns 30 ou 40 anos para cá, o Espiritismo prático vem sofrendo mudanças tão significativas, que bem poderíamos defini-las como uma verdadeira revolução, seja pelas novas maneiras de se expor a sua doutrina, os seus ensinamentos e postulados, seja pelo novo perfil daqueles que o têm procurado.
       A começar pelos estudos teóricos da Doutrina, especialmente no que se refere ao exercício mediúnico, em seus diversos matizes e aplicações, que antes era bastante precário, tímido, incompleto, insuficiente. 
       Outrora, bastava um leve indício da presença de uma faculdade mediúnica, particularmente de psicofonia, ou de psicografia, para que a pessoa fosse encaminhada, de imediato, a uma "mesa de desenvolvimento", onde o processo prático de aprendizagem se fazia permeado de dúvidas e desafios, só vencidos com algum tempo de experiência e com o auxílio de alguns poucos confrades mais esclarecidos, estudiosos e devotados, cujo trabalho era o de verdadeira lapidação daqueles diamantes brutos que lhes eram entregues sem nenhuma introdução teórica e sem nenhuma preparação técnica.
        Muitos dos que adentravam as Casas Espíritas faziam-no compelidos pela própria problemática mediúnica complicada, por vezes inexplicável e insolúvel no âmbito de alguns meios religiosos, onde já haviam buscado orientação e amparo inutilmente. Destes, alguns eram vítimas de ações discriminatórias por parte de lideranças religiosas, por conta de seus sintomas de possessão espiritual maligna, sendo-lhes indicado, então, por um amigo ou familiar já conhecedor do Espiritismo, o recurso extremo de se submeterem a um "trabalho de desobsessão" e simultâneo "desenvolvimento mediúnico" em um "centro de mesa" de confiança.
      Nestes últimos tempos, porém, é crescente o número de pessoas que procuram os centros espíritas movidas pelo simples desejo de conhecer melhor essa tal doutrina dos Espíritos, de que tantos falam tão bem e tão abertamente, tendo ou não qualquer indicativo de mediunidade à vista, e sofrendo ou não a injunção de um possível processo obsessivo, na própria pele ou na de um familiar querido.
       Ao longo destas últimas três ou quatro décadas, o Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, o chamado ESDE, que já havia sido implantado em algumas casas bem dirigidas, mas de modo ainda bem simplificado, foi, aos poucos, sendo ampliado e aperfeiçoado, tornando-se condição indispensável para um futuro e pretendido exercício da mediunidade, mesmo no seu grau mais simples, que é o da transmissão de energias através do passe magnético-espiritual, na quase unanimidade das Instituições doutrinárias organizadas.
       Ao lado desta constatação, está a de que os grupos de adeptos, mormente os frequentadores das salas de estudos da Doutrina (ESDEs), compõem-se, cada vez mais, de pessoas com bom nível intelectual, muitos até com escolaridade superior e já exercendo profissões de considerável peso perante a sociedade. 
       O mais notável, neste caso, é que tais pessoas não poderão jamais ser vistas como ingênuas, manipuláveis, afeitas a quaisquer fantasias ou ilustrações fantásticas a que alguém, porventura, lhes quisesse submeter, anulando-se, assim, completamente, o velho argumento dos detratores do Espiritismo, de que os espíritas em sua maioria eram pessoas incultas e crédulas, facilmente enganadas pelos falsos espíritos de mortos, os quais nada mais seriam que os próprios demônios, que lhes transmitiam ideias mirabolantes ou bobas demais para que de sã consciência alguém lhes pudesse dar crédito.
       Cai por terra, portanto, esta hipótese, restando aos críticos de plantão a pergunta: Como pode uma doutrina vã e inconsistente obter adesão maciça de pessoas cultas e inteligentes, tal como ocorre com o Espiritismo? O que há, de fato, nesse Movimento Doutrinário, de tão atraente, para que muitos nele permaneçam, depois do primeiro contato, e nele se sintam tão felizes, ao ponto de se modificarem, social e moralmente, para melhor, como se há constatado facilmente?
       Responda a si mesmo, cada um, como bem lhe aprouver. Mas que isto está muito evidente, está, e não há mais como se negar que o Espiritismo está vencendo a batalha que os seus objetores armaram contra ele, com argumentos frágeis e sem nenhuma solidez. ///

Evoti Leal (evoti.leal@hotmail.com)
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