sexta-feira, 2 de maio de 2014

99. "PÉROLAS" DOS DETRATORES DO ESPIRITISMO ( 9 )

                  Sub-título: SOBRE O ENVOLVIMENTO POR LONGO TEMPO COM O ESPIRITISMO


       O espiritismo sempre foi e sempre será uma grande fraude. O engano e a mentira fazem parte indispensável do seu currículo. Muitas pessoas percebem o engano logo de início e conseguem libertar-se sem sofrer por muito tempo os danos que ele causa; outras, na maioria das vezes bem intencionadas, chegam a viver envolvidas 20, 30 e 40 anos, até se convencerem totalmente do engano que cometeram e, arrependidas, encontram os braços amorosos de Jesus, que as ampara e liberta. A mentira permeia toda a história do espiritismo (...).   (R. R. Soares - ESPIRITISMO, A MAGIA DO ENGANO - 2002, página 21).
     
       Eu, a exemplo de outras tantas pessoas que conheço, já estou "envolvido" com o Espiritismo a nada menos de 55 anos, havendo começado esse envolvimento aos 10 anos de idade, após obter algumas informações sobre essa Doutrina de meu próprio genitor e, numa sequência imediata, a leitura completa do livro "A GÊNESE SEGUNDO O ESPIRITISMO" de Allan Kardec.
     Ainda menino, li vários tópicos de "O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO", também de Kardec, e o livro "OBREIROS DA VIDA ETERNA", de André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier. Por ser desde cedo muito dado à leitura, somaram-se logo à bibliografia responsável pela minha iniciação muitas outras obras de autores diversos, o que talvez tenha contribuído de maneira efetiva para que eu nunca percebesse "o engano e a mentira" que o missionário Soares diz fazer parte indispensável no currículo fraudulento do Espiritismo. Bem ao contrário disso, quanto mais críticas à Doutrina e à prática espíritas eu ouvia e lia, já àquela época e no curso dos anos de minha juventude, bem como quanto mais livros e palestras espíritas eu ouvia e lia simultaneamente, mais me convencia de estar no caminho certo, onde não se admitem mentiras e falsidades. 
       Tanto é assim, que, já nos primeiros encontros da primeira fase do "Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita - ESDE", do qual já fiz parte também como coordenador, e em que são recebidos muitos principiantes no aprendizado dos postulados do Espiritismo, recomenda-se aos participantes não aceitarem como verdade, de tudo aquilo que lhes será transmitido, nada que não caiba em seu raciocínio lógico, ou que fira de algum modo o mínimo do bom senso exigido para que possa realmente dar crédito ao que lhes for ensinado.
       As primeiras regras passadas aos aprendizes do Espiritismo, de forma clara e definida, são: 1) Em se tratando de conceitos espíritas, nada se impõe, apenas se expõe;  2) É preferível refutar 99 verdades, do que aceitar uma única mentira;  3) O Espiritismo não busca converter ninguém, mas tão somente fornecer dados de modo a que cada pessoa se convença a si mesma, mediante o uso do trinômio "razão, lógica e bom senso".
       Com estas três regrinhas simples e clássicas, os espíritas com maior tempo de vivência e mais amplo cabedal de conhecimentos doutrinários ficam impedidos, naturalmente, de se arvorarem em donos da verdade, por inadmissível o dogmatismo, tão comum em outros segmentos religiosos. Fica também entendido, particularmente para aqueles mais entusiastas ante os novos conceitos assimilados, que não lhes cumpre, como de resto a nenhum adepto do Espiritismo, a tarefa de sair por aí fazendo proselitismo. E nessa orientação inclui-se o dever e o cuidado de não criticar, menosprezar ou pressionar a quem quer que seja por conta de sua preferência religiosa; nem mesmo a quem porventura se ache sob as suas expensas econômicas, sob o seu comando profissional, ou sob a sua ascendência moral, entre outros casos.
       Eis, pois, um quadro, ainda bem singelo, da seriedade e da honestidade que cercam o estudo e a prática do Espiritismo, onde quer que ele se ache difundido de forma organizada e correta.
       Ninguém pense, no entanto, que eu nunca haja questionado sobre os pontos polêmicos da Doutrina e que nunca os haja comparado com as versões contrárias, buscando certificar-me de não estar cometendo equívocos deveras comprometedores. Muitas vezes o fiz, inclusive bem longe de quaisquer influências externas, mormente de seguidores convictos e veteranos, uma vez que penso ser a nossa escolha final, analisadas as opções existentes e as argumentações precisas, uma questão de foro íntimo, ou seja, da nossa própria consciência. ///


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